quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Amor de verdade

Hoje perguntei pro meu marido o quanto ele me amava, ele disse que bastante, é claro.
Dai perguntei "Se eu fosse mais gorda ainda do que sou, você me amaria?"
Ele disse "Sim, é claro..."
Perguntei novamente, "Se eu tivesse outra religião ou cultura, você me amaria?"
Novamente recebi um "Sim né."
Pensei e perguntei, "Se eu fosse BEM mais feia,  digo, esteticamente fora dos padrões?"
Meu marido me olhou de saco cheio e respondeu rispidamente: "SIMMMMMM!!!!! Eu amo teu cheiro, teu jeito, tua personalidade, a pessoa que tu é e não a que aparente ser..."
Fiquei feliz, então larguei a minha ultima pergunta.
"E se eu nascesse do sexo oposto? Você me amaria, casaria comigo, faríamos bastante sexo e ficaríamos enroladinhos no sofá assistindo TV?"
Meu noivo me chamou de maluca e saiu pra trabalhar...

Eu não fiquei decepcionada pela resposta dele, é claro, mas eu to pensando até agora que essa história de "amor a primeira vista", "não amar pela beleza", "não escolher quem a gente ama", está bem desatualizada, claro tem toda a história do extinto e tals, mas acredito que as pessoas bixessuais chegaram a um patamar da evolução em que elas realmente amam o que deve ser amado, é de se pensar einh...


quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Funerais não são para gente morta. São para os vivos.

   Aonde eu moro sinto que as pessoas estão tão preocupadas em adiquirir/ possuir/ mostrar, que certos valores vem se perdendo com o tempo. Nã há mais aquele respeito nos velórios, o último que fui foi quase a imagem real da frase da música do Legião Urbana "festa estranha com gente esquisita", era o pedreiro fechando a lápide e os sobrinhos da falecida discutindo formas de depilação, alguns senhores discutindo de negócios, as comadres atualizando as fofocas dos "clubes de mães" para as outras... Tudo isso enquanto a filha olhava vidrada para cada tijolo que era colocado no cimento. Tadinha.
   Na hora do cortejo final para levar o caixão até a capela vi mais de duas mulheres analisando a roupa que eu estava usando. (Era preta)
   Embora em velórios em que eu era a familiar mais abalada eu não registrei se as pessoas foram fúteis e desrespeitosas, eu acredito que a gente deve sim manter o silêncio, estar ali de corpo presente e boca fechada, nem é preciso dizer nada as pessoas que estão sofrendo a perda, até por que o que é falado a gente nem grava, mas aquele abraço, aquela presença do lado a gente sente dentro do coração...
  Esteja em um velório por amor, por amizade, esteja com todo o sentimento do seu coração, se nada disso te faz sentido, fique em casa, pois se caso você está ali pensando que o morto não está lhe vendo ou sua atitude não o afeta, lembre-se, na verdade você está ali pelos que estão sofrendo por ele, e eles escutam, registram e ficam ainda mais tristes em sentir a falta de empatia.

*Frase do Título: O ódio que você semeia - Angie Thomas.


Quando o nome não é relevante...

As vezes o que nos resta é apenas um título baseado no nosso maior defeito ou, na nossa melhor qualidade ou até baseado em uma característica física.

"Ahhh entrega esse documento pra aquela gordinha ali..."
"Ahh você trabalha com tal fulana? É aquela brava né?"
"Nossa, você conhece tal fulano? É filho de tal pessoa que é do partido tal..."

Desculpem, não encontrei na minha memória curta um título baseado na melhor qualidade.